Após os excelentes resultados do primeiro semestre, o Grupo confirma sua performance com um novo recorde no ano. Os objetivos do plano “Drive the Change”, lançado em 2011, foram ultrapassados tanto em termos de crescimento como de lucro, com um ano de antecipação. Isso é o fruto do trabalho de todos os colaboradores do Grupo”, declarou Carlos Ghosn, Presidente da Renault.
Em 2016, alavancado pelo dinamismo do plano “Drive the Change”, o Grupo Renault atingiu um novo recorde de vendas e, com 3,18 milhões de veículos emplacados, tornou-se o grupo automobilístico francês nº 1 no mundo. Todas as regiões registraram um aumento em volume e em participações de mercado.
O faturamento do Grupo em 2016 ficou em 51.243 milhões de euros, em alta de 13,1% em relação a 2015. A taxas de câmbio constantes, houve um progresso de 17,0%.
O faturamento da Divisão Automobilística ficou em 48.995 milhões de euros, em progressão de 13,7%, graças à alta dos volumes das marcas do Grupo e das vendas às empresas parceiras. O efeito dos preços contribuiu positivamente, em razão do impacto dos novos modelos e das altas de preços realizadas em alguns países emergentes, para compensar o efeito negativo da desvalorização das moedas.
A margem operacional do Grupo ficou em 3.282 milhões de euros (+38,2%), contra 2.375 milhões1 de euros em 2015, representando 6,4% do faturamento (5,2%1 em 2015).
A margem operacional da Divisão Automobilística ficou em alta de 840 milhões de euros (+54,3%), para 2.386 milhões de euros, representando 4,9% do faturamento (contra 3,6%1 em 2015).
Esta performance se explica principalmente pela progressão dos volumes (1.036 milhões de euros).
A estratégia de redução de custos contribuiu positivamente com 184 milhões de euros, após consideração de uma alta sensível das despesas de P&D.
O efeito mix/preços/enriquecimento ficou positivo em 115 milhões de euros, graças principalmente ao impacto dos novos modelos e às altas de preços em alguns países emergentes.
O impacto do câmbio foi fortemente negativo em -702 milhões de euros, principalmente devido ao impacto da Libra Esterlina e do Peso Argentino.
As matérias-primas contribuíram para um efeito bastante favorável, de 331 milhões de euros.
As despesas gerais da empresa aumentaram 112 milhões de euros.
A contribuição da Divisão de Financiamento para a margem operacional do Grupo atingiu 896 milhões de euros, contra 829 milhões1 de euros em 2015, em progressão de 8,1%.
O custo do risco (inclusive risco país) se estabilizou a um excelente nível de 0,31% dos ativos produtivos médios (contra 0,33% no fim de 2015).
Os outros produtos e despesas operacionais ficaram quase neutros em +1 milhão de euros. Este saldo se explica principalmente por um lucro de 325 milhões de euros registrado após a primeira integração global da AVTOVAZ em 31 de dezembro de 2016, bem como provisões para reestruturação, principalmente na França, para um montante total de 283 milhões de euros. Nenhuma provisão foi registrada a título da investigação sobre o diesel na França.
O lucro operacional do Grupo ficou em 3.283 milhões de euros, contra 2.176 milhões1 de euros em 2015.
O resultado financeiro ficou negativo em 323 milhões de euros, contra um total de 221 milhões de euros em 2015. Esta evolução se deve principalmente à queda dos produtos financeiros, principalmente na Argentina, assim como ganhos de câmbio registrados em 2015.
A contribuição das empresas associadas ficou em 1.638 milhões de euros, contra 1.371 milhões de euros em 2015.
A contribuição da Nissan ficou em 1.741 milhões de euros em 2016, contra 1.976 milhões de euros em 2015.
A contribuição da AVTOVAZ ficou negativa em 89 milhões de euros, contra uma perda de 620 milhões de euros registrada em 2015. Esta melhoria se deve, essencialmente, à forte queda das perdas de valores contabilizados em 2016 em comparação com 2015 e, em parte, à melhor performance operacional da empresa. Já a contabilização das perdas da AVTOVAZ no resultado das empresas registradas pelo método de equivalência em 2016 foi limitada pelo valor do investimento nos livros contábeis da Renault.
O resultado líquido ficou em 3.543 milhões de euros (+19,7%), e o resultado líquido de participação do Grupo ficou em 3.419 milhões de euros (12,57 euros por ação, em comparação com 10,35 euros por ação em 2015, em alta de 21,4%).
O fluxo de caixa livre operacional da Divisão Automobilística ficou positivo em 1.107 milhões de euros, após consideração de uma variação das necessidades em capital de giro, que contribuiu com 356 milhões de euros no período.
A posição líquida de caixa, após consolidação da AVTOVAZ, ficou em 2.720 milhões de euros (3.925 milhões de euros antes da consolidação).
Um dividendo de 3,15 euros por ação, contra 2,40 euros no ano passado, será submetido à aprovação da próxima Assembleia Geral dos acionistas.
AVTOVAZ
A primeira consolidação com integração global da AVTOVAZ foi realizada em 28 de dezembro de 2016, e a demonstração do resultado não foi consolidada. Entretanto, agora o balanço é integrado no resultado da Renault. Esta consolidação teve um impacto negativo de 1.205 milhões de euros sobre a posição líquida de caixa do Grupo Renault. Ela levou à constatação de um goodwill provisório de 1.025 milhões de euros. Em 31 de dezembro de 2016, a valor da AVTOVAZ na bolsa era superior ao valor dos ativos líquidos de AVTOVAZ, incluindo goodwill, nas contas da Renault.
Durante o exercício 2017, estão previstas outras operações financeiras de reestruturação para recuperar o equilíbrio da AVTOVAZ.
A diretoria da AVTOVAZ comunicou um plano de recuperação detalhado em 16 de janeiro de 2017, tendo como objetivo voltar a uma margem operacional positiva (antes da perda de valor e despesas de reestruturação) em 2018, além de um crescimento rentável nos anos seguintes. A apresentação está disponível em nosso site: https://group.renault.com/finance/informations-financieres/documents-e-presentations/
PERSPECTIVAS PARA 2017
Em 2017, o mercado mundial deve ter um crescimento de 1,5% a 2% em relação a 2016. O mercado europeu deve ter uma alta de 2% no período. O mercado francês deve também avançar 2%.
Nos demais países, os mercados brasileiro e russo devem se manter estáveis, enquanto que a China (+5%) e a Índia (+8%) devem manter uma dinâmica de crescimento.
Neste contexto e, após a consolidação da AVTOVAZ, o Grupo Renault tem como objetivo:
- Aumentar o faturamento para além do impacto da AVTOVAZ (com taxas de câmbio constantes)*,
- Aumentar a margem operacional do Grupo em euros*,
- Gerar um fluxo de caixa livre operacional positivo da Divisão Automobilística.
PLANO DE MÉDIO PRAZO PARA 2022
O Grupo Renault apresentará em 2017 um novo plano estratégico para o período 2017-2022, tendo como ambição atingir um faturamento de 70 bilhões de euros (com taxas de câmbio constantes) e uma margem operacional de 7% para o fim do plano, bem como um fluxo de caixa livre operacional da Divisão Automobilística positivo a cada ano.
RESULTADOS CONSOLIDADOS DA RENAULT
Em milhões de euros | 2016 | 2015 (1) | Variação |
Faturamento Grupo | 51.243 | 45.327 | +5.916 |
Margem operacional | 3.282 | 2.375 | +907 |
Em % do faturamento | 6,4% | 5,2% | +1,2 pt |
Outros produtos e despesas operacionais | 1 | -199 | +200 |
Lucro operacional | 3.283 | 2.176 | +1.107 |
Resultado financeiro | -323 | -221 | -102 |
Participação no resultado das empresas associadas | 1.638 | 1.371 | +267 |
Sendo: NISSAN | 1.741 | 1.976 | -235 |
AVTOVAZ | -89 | -620 | +531 |
Impostos correntes e diferidos | -1.055 | -366 | -689 |
Resultado líquido | 3.543 | 2.960 | +583 |
Resultado líquido de participação do Grupo | 3.419. | 2.823 | +596 |
Fluxo de caixa livre operacional da Divisão Automobilística |
1.107 | 1.051 | +56 |
(1) Segundo a definição de um imposto calculado sobre uma noção de resultado tributável conforme o sentido da norma IAS 12 para “impostos sobre o resultado”, os impostos que eram anteriormente apresentados como despesas operacionais foram reclassificados como impostos correntes a partir de 2016, e de forma inversa para o caso dos impostos que não correspondem à definição de um imposto calculado sobre um resultado tributável. A apresentação das contas de 2015 foi ajustada de forma coerente.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
As demonstrações financeiras do Grupo e o resultado financeiro da Renault S.A. consolidados em 31 de dezembro de 2016 foram examinados pelo Conselho de Administração de 9 de fevereiro de 2017.
Os Auditores do Grupo realizaram os procedimentos de análise destas contas, e os relatórios de auditoria relativos à certificação destas contas consolidadas e resultados financeiros estão sendo elaborados.
O relatório anual com a análise completa dos resultados financeiros de 2016 está disponível em www.groupe.renault.com, na área “Finance”.